É bem provável que você já tenha dançado grudadinho ao som do arrocha.
Nesta reportagem especial, o Rede Sertaneja entrevistou o "inventor"
do estilo e ouviu celebridades como o produtor e cantor Sorocaba para falar
sobre essa mistura
É arrocha pra cá, é arrocha pra lá...E você? Já
dançou o arrocha? Talvez você não
saiba direito, mas é bem provável que já tenha dançado este gênero musical que
virou moda no mundo sertanejo. Gusttavo Lima, Thaeme & Thiago, João Neto e Frederico
(entre muitos outros!) já gravaram, fazendo algumas adaptações próprias, o
estilo musical que nasceu na cidade de Candeias, Bahia.
A expressão “arrocha” virou gênero musical com o
empurrão do cantor romântico Pablo, que se autointitula “A voz romântica”. Em
um bate-papo exclusivo com o Rede Sertaneja, ele declarou que o nome surgiu de
uma brincadeira que fazia em seus shows.
“Sempre pedia para os casais dançarem mais colados
e, entre uma música e outra, eu falava
‘Arrocha o nó, quero ver todo mundo arrochar’. Com isso, o público aderiu à
expressão e começou a falar ‘vamos para o arrocha, ver o Asas Livres’. Foi
assim que o termo caiu no gosto popular”, disse Pablo. Asas Livres foi a
primeira banda em que Pablo cantou profissionalmente. Na prática, o que
diferencia o ritmo é a batida da bateria.
Perguntado se não se preocupa em registrar a
expressão, ele respondeu que nunca teve interesse em registrar nada, mas tem
muito orgulho por ter sido o “precursor do movimento arrocha”. Com doze anos de
carreira, 9 CDs e 3 DVDs, o ‘inventor’ do arrocha já vendeu milhões de CDs e
faz, em média, 20 shows por mês. Pecado de Amor, Baby e A Casa
ao Lado são alguns dos seus sucessos.
Da Bahia para todo o Brasil
O arrocha já é bastante conhecido na Bahia e tem se expandido por todo o País. Pablo, orgulhoso do movimento, não tem dúvidas do sucesso. “O arrocha vem ganhando cada vez mais espaço no cenário musical brasileiro. Nas regiões Norte e Nordeste, o ritmo já está consolidado. A prova disso é a grande quantidade de shows que fazemos por lá”, conta. Quando o assunto é o namoro (para alguns pode ser até casamento!) entre o arrocha e o sertanejo, Pablo destaca o sucesso dessa combinação. “O sertanejo tem ajudado bastante a popularizar o arrocha, que já existe desde o início do ano 2000”, comenta, acrescentando que as expressões que estão despontando na mídia “arrocha universitário” e “arrocha moderno” significam variações do movimento no ritmo, assim como o arrocha romântico, que é a sua especialidade há 12 anos.
Da Bahia para todo o Brasil
O arrocha já é bastante conhecido na Bahia e tem se expandido por todo o País. Pablo, orgulhoso do movimento, não tem dúvidas do sucesso. “O arrocha vem ganhando cada vez mais espaço no cenário musical brasileiro. Nas regiões Norte e Nordeste, o ritmo já está consolidado. A prova disso é a grande quantidade de shows que fazemos por lá”, conta. Quando o assunto é o namoro (para alguns pode ser até casamento!) entre o arrocha e o sertanejo, Pablo destaca o sucesso dessa combinação. “O sertanejo tem ajudado bastante a popularizar o arrocha, que já existe desde o início do ano 2000”, comenta, acrescentando que as expressões que estão despontando na mídia “arrocha universitário” e “arrocha moderno” significam variações do movimento no ritmo, assim como o arrocha romântico, que é a sua especialidade há 12 anos.
E aí? Você já dançou o arrocha coladinho com
alguém? Conheça abaixo algumas opiniões sobre o ritmo que já contagia todo o
País.
O cantor e produtor Sorocaba (da dupla Fernando & Sorocaba)
Rede Sertaneja: O que você acha do
namoro entre o arrocha e o sertanejo?
Sorocaba: Eu acredito que, hoje em dia, é muito
comum essa mistura de estilos, não só entre o sertanejo e o arrocha. O
sertanejo atual tem muita influência da música pop, do rock, do axé e até da
música eletrônica. Isso engrandece muito a música, pois traz novos elementos e
atrai novos fãs, um público maior, engrandecendo o estilo.
RS: Esse movimento
veio pra ficar? Qual é a tendência dele?
Sorocaba: Essa nova geração
do sertanejo, que passou a usar essa nova linguagem, já está em evidência há
algum tempo, e em minha opinião deve ficar muito tempo. Na verdade, o sertanejo
em si é um gênero que estará sempre nas paradas, pois é um estilo popular, que
nunca sai de moda.
RS: Poderia
destacar alguns artistas sertanejos que estão representando bem esse movimento?
Sorocaba: Temos vários
exemplos de artistas que representam bem essas misturas. Um deles é a dupla
Thaeme & Thiago, que está crescendo cada vez mais e, em seu novo DVD,
gravou duas músicas misturando esses ritmos, a Tcha Tcha Tcha, que
contou com a participação especial de Cristiano Araújo, e a Vou Dar Um Nó Em Você.
A dupla Thaeme & Thiago
Thaeme: Eu e o Thiago
somos muito ecléticos, ouvimos de tudo, e procuramos abstrair um pouco de cada
estilo para sempre melhorarmos nossas composições. Com o arrocha não é
diferente, e nós usamos bastante esse recurso na gravação do nosso DVD.
Thiago: Conheci o arrocha em uma viagem para o Nordeste, e fiquei fascinado. É uma música contagiante, animada, que levanta a galera nos shows. Gravamos algumas misturas de sertanejo e arrocha em nosso DVD e está sendo um sucesso, acrescentou muito em nosso repertório.
Pinocchio, produtor musical e maestro
“O namoro entre o arrocha e o sertanejo está sendo muito bom. A minha
preocupação é que estão gravando muito arrocha. Vai chegar uma hora que vai
cansar. Não tem como variar muito musicalmente. É um ritmo para dançar, mas o
pessoal da música sertaneja está fazendo em excesso. Gosto da levada, mas eles
precisar se renovar. Todo movimento que vem para o nosso mundo sertanejo a
tendência é cansar. Fizeram isso com o romântico, com o bolero, com vários
estilos. Chega uma hora que ninguém aguenta mais ouvir. Assim como foi na
lambada. O ritmo explodiu só agora em São Paulo, mas vem tocando há muito tempo
por todo o Brasil. Hoje, acontece algo engraçado: às vezes, o gênero musical
demora para chegar até aqui. A cidade tem muita imigração e as pessoas trazem a
música. De uma maneira geral, a aceitação é grande. Normalmente, o público
sertanejo aceita bem as fusões”.
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